Aconteceu no último sábado, 4, a segunda edição da D.Side, label de festas do D-Edge organizado em parceria com o núcleo The Hole, no Village Canindé, em São Paulo. Depois de um début em grande estilo e memorável, o festival provou mais uma vez que veio para ficar.
Reunindo grandes nomes do tecnho mundial, a D.Side reuniu 4 mil pessoas que se revezaram entre dois stages: um que levou o nome da festa e centralizou os apaixonados por BPM’s altos e o Olga Stage, um palco menor e de atmosfera intimista responsável por uma sonoridade mais leve, transitando entre techno e house.
A noite começou cedo, e a partir das 22h Daniel U.M já havia iniciado os trabalhos no palco D.Side, o mainstage do festival. Daniel explorou a fundo sonoridades minimalistas e construiu uma atmosfera perfeita para a sérvia Tijana T, que entrou na sequência adicionando uma característica mais densa no ambiente de pista. Dona de um charme único, a sérvia de Belgrado mesclou faixas atuais com versões remixes de clássicos do passado, para conquistar a confiança do público em sua primeira apresentação em São Paulo.
Em paralelo, Dee Bufato abria as portas do Olga Stage, um palco menor e de atmosfera intimista – ambiente perfeito para quem buscava a auto conexão.
Foram três horas transitando na faixa dos 120 aos 130 BPMs, até passar o bastão para a dupla romena Vinyl Speed Adjust, que debutava nas noites da capital paulista. Claudiu Eduard Balan e Andrei Predoi alternavam faixas entre vinis e arquivos digitais, entregando uma apresentação sólida e consistente do início ao fim.
Voltando para o palco D.Side, já são duas da manhã e é chegado o momento mais aguardado da noite, a apresentação do holandês Speedy J. Logo de ínicio, já era possível notar a diferença na reverberação dos PAs e na construção do set como um todo. Uma linha mais densa e precisa deram o tom da noite a seguir, que teve como principal destaque a faixa Sonic Destroyer, do ícone da segunda geração do Techno de Detroit, Jeff Mills.
Outro destaque, não menos importante foi a instalação visual assinada por Muti Randolph no palco principal. Muti é um dos principais nomes na arte da computação 3D, e é responsável por assinar trabalhos em festivais, como: DGTL, Coachella e pelo projeto do club D-Edge, em São Paulo. Nesta edição, Muti mapeou instalações de LED que interagiram com o público, transformando o ambiente em perfeita sintonia.
Na sequência foi a vez do alemão Alex Do prosseguir na linha de um caminho que já não tinha mais volta. Não à tôa o alemão do selo Dystopian foi escalado para conduzir a pista durante o horário mais nobre do evento, ao amanhecer.
Enquanto isso, o curitibano João Paulo Gromma encerrava o Olga Stage usando e abusando das técnicas de mixagens através de discos e faixas adquiridos durante sua última turnê europeia, em julho deste ano.
Ainda teve mais no palco D.Side – desta vez com o espanhol Regal, que deixou de lado a seleção eclética para focar em uma linha techno consistente, recebendo bem a reação do público. Regal alternou produções autorais com tracks de selos ainda não tão conhecidos, como Involve, Figure e Enemy Records. Depois de duas horas intensas, o caminho estava aberto para o encerramento do dia, a apresentação em formato back-to-back entre Renato Ratier e Stefano TT, que se estendeu até às 10 da manhã.
Esta sim teve de tudo – de clássicos de Josh Wink, a versão remix de Cover Me, uma das novas faixas do Depeche Mode através do álbum Spirit.
Depois de encerrar no Village Canindé às 10h da manhã, o público seguiu para o D-Edge onde começava o Superafter especial, que contou com a presença de Renan Mendes, Tarter, Coco e com o back-to-back surpresa entre o espanhol Regal e Renato Ratier, que se revezaram nos pick ups até a tarde do domingo.
Agora o D-Edge e o The Hole seguem com as atividades normais, com destaque para mais uma edição do D-Edge Festival em 2018, em dezembro, além de confirmarem a terceira edição do D.Side em 2019, com data à ser definida.
Fotos: Divulgação