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Conheça o melhor da noite gay de Buenos Aires

Berlim e São Paulo, nesta ordem, são as metrópoles que acolhem as melhores noites acentuadamente gays do mundo. Pela diversidade de opções, horas de funcionamento dos clubes, animação sem culpa e uma dose certa de loucura e perversão. Isso sob a ótica de formadores de opinião, de gente que sai de lua a lua e de profissionais que trabalham enquanto os outros se divertem. Nova York, Londres e Madri estariam disputando o terceiro lugar, mas Buenos Aires está fervendo a valer. E é logo ali.

Agora que há mais brasileiros pelas ruas largas da capital portenha que argentinos nas praias de Florianópolis, graças à valorização do real, que tal saber o que de melhor acontece por lá depois das 2h? É, nem adianta chegar mais cedo para “bailar”: vai ficar conversando com as paredes, já que o povo ainda está jantando por volta da meia-noite.

A dica prioritária é tentar se acomodar num hotel abertamente gay ou friendly (os que são simpáticos a oferecer uma cama de casal para dois homens, por exemplo). Cerca de 25 estabelecimentos têm essas características na cidade de 3 milhões de habitantes (a população aproximada de Salvador). Os preços variam, mas a rede se concentra em três grandes bairros: Recoleta, Palermo e San Telmo. Ficando nessa região, vai gastar pouco com transporte, ou seja, sobrará pesos argentinos para os drinques. A saber: o metrô de lá é excelente, e os táxis, bem mais baratos que no Brasil.

Descansar num hotel assim tem a vantagem extra de o turista levar no bolso um guia completo (ou perto disso) para não errar o alvo. Focado, evidentemente, no público que o interessa. Lista-se de tudo: boates, bares, restaurantes simpatizantes, cinemas, galerias de arte, butiques temáticas, saunas e até casas de tango só para gays. Além disso, eles disponibilizam informações precisas sobre o dia certo para surgir, sorrir e sumir, se servem para homens e/ou para mulheres, se há shows, aceitam cartões e possuem banda larga. Não dá para se perder assim. Aqui, uma prévia do que você não deve deixar de conhecer:

BARES

Kim e Novak. Fica em Palermo Viejo, uma espécie de Vila Madalena deles. O clima lembra um pouco o Ritz, de São Paulo. Gente moderna, decoração irreverente, drinques ótimos. Melhor dia: sexta. Endereço: Guemes, 4900.

Sabbia. É a melhor coisa para fazer na terça-feira, noite ainda morta na cidade. Bom saber que tem happy hour, o que quer dizer 23h para os portenhos. Endereço: Ayacucho, 1240.

Sitges. Ótimo para quem está sozinho. Na quinta-feira, você paga uma entrada (o equivalente a R$ 20), ganha um drinque de boas-vindas (pode ser até tequila), senta-se no balcão e assiste clipes de divas do mundo pop. É o que eles chamam de predance. Endereço: Córdoba, 4119, Palermo Viejo.

BOATES

Bahrein. A melhor opção da quarta-feira, embora seja levemente underground. Os bartenders contam a mesma história quando você chega lá: o dono é um magnata do petróleo saudita, por isso o nome inspirado num dos países do Golfo Pérsico. Endereço: Lavalle, 345, Centro.

Contramano. Para homens maduros e que estão na categoria batizada de urso no mundo gay (peludos, acima do peso e mantenedores de fios brancos). É um clássico da noite portenha, especialmente aos domingos. Se você tiver 40 anos vai se sentir um bebê por lá. Endereço: Rodríguez Peña, 1082, Recoleta.

Glam. Lotada de brasileiros, lembra um pouco a estética das boates dos anos 80, com strippers e videoclipes. É uma das mais animadas do momento, embora o nome nada tenha a ver com a proposta da casa, que não deixa nenhum paetê ou cortina de veludo à vista. Vá no sábado. Endereço: Cabrera, 3046, Palermo.

Human. Como se fosse a versão portenha da paulistana The Week, é gigante, tem duas grandes pistas, uma multidão para entrar, pegar drinque, ir ao banheiro. O povo, porém, é bonito e os recursos de som e de iluminação valem a visita. Também no sábado. Endereço: Costanera y Sarmiento, Punta Carrasco, do lado do Aeroparque, o aeroporto de Congonhas deles.

RESTAURANTES

Inside. Se existisse essa categoria, é o que poderíamos chamar de “restaurante gay”. O que isso quer dizer? Bom, as pessoas jantam e, durante a sobremesa, um moço seminu pode subir no balcão e fazer um striptease. Daí você pede a conta. Ou não. Esse é na Recoleta: Bartolomé Mitre, 1571. Bom frisar que a rua é meio esquisita, mas não dá para jantar às 21h. Chegue mais tarde mesmo. De terça a domingo.

Reencuentro. Durante o jantar, a casa é mais movimentada, mas também vale experimentar a parrilla na hora do almoço. Fica no charmoso Palermo Viejo, bairro cheio de lojas bacanas e gente linda passando para lá e para cá. Endereço: Cabrera, 4801.

HOTÉIS

Axel. O hotel é o que eles chamam de heterofriendly, ou seja, é gay, mas aceita casais heterossexuais em lua de mel. Mas é bom avisar o que será visto por lá: muitas carícias entre homens e mulheres, especialmente quando eles abrem a piscina para o que se batizou de “pool party”. Endereço: Venezuela, 649, San Telmo.

Friendly Apartments. Essa rede é o contrário: ela é gayfriendly. Os apartamentos (como se fossem flats, com cozinha etc) ficam na Recoleta. Perto de tudo o que interessa. Endereço: Callao, 1234.

CASAS DE TANGO

La Marshall. Quartas, 22h30. Endereço: Maipú, 444, Rivadavia.

Tango entre Muchachos. Domingo, 17h. Defensa, 1120.

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